quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A História do Corset

Corset vem da palavra francesa cors (corpo), deriva-se do latim corbus. Desde que apareceu na história da moda, está vestimenta tem sido usada como suporte e controle para as formas naturais do corpo.
O primeiro espartilho registrado foi em Creta. As mulheres cretenses exibiam orgulhosas seus seios nus e firmes, graças a ajuda desses espartilhos que com seu apoio acentuava seus corpos.


Por muitos séculos, tanto no oriente como no ocidente, homens e mulheres usavam robes soltos. Elaborar camadas de tecido indicava posto ou riqueza de um indivíduo. Para dar forma aos vestidos, as roupas eram amarradas com um cinto ou uma faixa. Mais tarde para moldar melhor o corpo foi introduzido a utilização de um broche ou pino e este tipo de roupa era muito popular entre os gregos e romanos há 3000.
As mulheres gregas usavam sob o chiton uma faixa de couro estilo corset e isso dava uma definição melhor para os quadris e busto. Desde o nascimento as meninas eram enfaixadas. Durante seis meses os seus braços e pernas eram amarrados com um pano que restringiam seus movimentos e mantinham membros em linha reta. Na adolescência as garotas eram forçadas a manter a forma, portanto as mães usavam faixas de lã para manter o corpo em desenvolvimento, mas elegante e delgado.
Já na Idade Media as mulheres eram cobertas da cabeças aos pés. Prevalecia a idéia de que o corpo era pecado e a roupa intima muito vergonhosa. No final da Idade Média as roupas eram cuidadosamente cortadas e moldadas para o corpo. O suporte ao busto e a cintura eram geralmente feito com faixas de tecido. Nos séculos XIII e XVI, amarrações e materiais mais rígidos incorporados às próprias vestes ajudavam a moldar o corpo numa forma esguia. Essa idéia evoluiria para o kirtle, um tipo de colete engomado e/ou reforçado com cordas (como barbatanas), amarrado na frente. Mas com o tempo, o kirtle se mudaria para dentro das roupas.

Mais tarde, a idéia de vestido seria enfim separada em corpete e saia, permitindo que o corpete fosse justo e retilíneo, enquanto a saia poderia ser absurdamente volumosa com a ajuda de anáguas engomadas e crinolinas. De um ponto de vista prático, ter uma peça única feita exclusivamente para moldar o corpo seria muito mais racional do que reforçar todas as outras peças do guarda roupa, e colocar tensão do suporte nessa peça ajudaria também a estender a vida útil do vestido.
A rigidez era o principal atributo do corset para que as costas ficassem numa posição reta e distinta, busto erguido e pressionado. A cintura tinha redução mínima já que o intuito era manter uma forma esguia e elegante, como era de se esperar de uma dama. Tal rigidez era alcançada com tecido pesadamente engomado, couro, juncos ou cordas engomadas inseridas em canais costurados entre as camadas de tecido. Para manter as formas retas, o busk, uma estreita placa de madeira ou marfim, era introduzida na frente, e poderia ser removido (alguns poderiam ser até esculpidos no formato de adagas, para ajudar a dama se proteger de admiradores indesejados).


No inicio do século a moda espanhola teve grande influência entre as senhoras inglesas e italianas, portanto as armaduras de ferro articuladas como corset eram usadas para achatar o corpo dando um contorno suave sob os vestidos. O espartilho de ferro deve ter sido excepcionalmente incomodo e pesado. Sua única vantagem parece que foi o começo da moda da cintura fina. Mais tarde esse espartilhos seriam incorporados com outros tipos de materiais como osso de baleia, osso, madeira, e aço flexível.

No século XVIII as formas começaram a mudar. Com a Revolução Francesa e posteriormente, a ascensão de Napoleão, as formas naturais começaram a serem apreciadas novamente. Mas seria por um período curto. Alguns modelos dessa época foram prejudiciais. Com a volta da pressão sobre os orgão internos e frequentes desmaios causaram descontentamento e reprovação dos médicos. As mulheres que praticaram atingir cinturas extremamente pequenas ocorreram na mesma frequência e no mesmo contexto social dos casos clínicos de anorexia de hoje em dia. Mas a maioria apenas queria suavizar sua cintura para a delicada forma de ampulheta.

Conforme o tempo passava, os vestidos ficaram mais finos e menos largos. As anáguas foram removidas e os materiais foram sendo substituídos. A silhueta tomou a forma de um "S" (peito cheio, barriga reta e o derrierè vertical. O busto ficou mais baixo e o corset às vezes cobria os quadris. O achatamento do estômago, mas mantendo a postura, na Belle Époque, era mais importante do que uma forma de ampulheta, e os corsets, em seguida, foram considerados "saudáveis" por conta disso.


No início do seculo XX, o sutiã já havia sido inventado e começava a ficar popular.Os panos elásticos também deram novas possibilidades para controlar as formas. Então o corset acabou limitado a fantasia e ao fetiche durante a maior parte do tempo do século XX. Na década de 50, quando o New Look de Dior valorizou novamente a cintura de pilão, apenas as faixas de tecido reforçadas eram usadas. No final dos anos 70 e a década de 80, estilistas como Viviane Westwood e Jean Paul Gautier trariam o outwear os elementos de fetiche e fantasia como couro, látex, vinil e adivinhem o corset. A partir dos anos 90 o corset se tornou couture. Hoje é um item apreciado por muitas pessoas, pois além de trazer a elegância, remete também a fantasia, a sensualidade e ao fetiche.


Hoje é fácil adquirir esta peça pois vários ateliês se especializaram na confecção desta peça. Aqui passo alguns sites.

Artemisa Corset - www.artemisacorset.com.br
Madama Sher - www.madamesher.com
Black Cat Corset - www.blackcatcorsets.com

Bye! Tschüss!

Nenhum comentário:

Postar um comentário